8 de março de 2011

PAC BANDEIRAS - VEJA COMO É UM DIA NA VIDA DO PAC

Reportagem do site IG feita em 19/09/10, um dia na vida do PAC Bandeiras Rodrigo Berton.

A reportagem mostra um pouco do dia-a-dia do nosso colega, existem muitos outros pela cidade, trabalho de suma importância para todos da operação.

A Reportagem poderia seguir o exemplo da REDETV (Clique aqui e veja o vídeo) e fazer uma reportagem de 1 dia na vida dos OT's.

AFCET-SP



Há um ano e meio, Rodrigo Berton passa sete horas de seu dia em uma torre na Ponte das Bandeiras, na zona norte de São Paulo, de olho no trânsito caótico da Marginal Tietê. Berton trabalha como operador de monitoramento de trânsito (omit) da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e integra uma equipe de 60 profissionais que monitoram visualmente algumas das vias mais movimentadas da capital paulista. Seus reportes complementam as informações de 321 câmeras. O monitoramento do tráfego é feito em 868 quilômetros lineares.


"O agente é muito mais completo que uma câmera para repassar uma informação para a central de monitoramento. A câmera só transmite a imagem, enquanto ele interage com a operação, se comunica com outros agentes, com supervisores e com a sala de operações, nenhuma máquina consegue substituir isso", diz em nota a CET.


Os operadores trabalham em duplas em 30 torres, conhecidas como Ponto Avançado de Campo (PAC), que ficam espalhadas pela cidade. As informações geradas pelos agentes de PAC chegam à central de monitoramento da CET, onde são consolidadas e possibilitam dar uma visão geral do fluxo de veículos.

Na última terça-feira, a reportagem do iG acompanhou o trabalho de Berton. Munido de binóculo, rádio, cronômetro e uma planilha de anotações, ele explicou como é seu dia-a-dia. Confira abaixo:




6h30 – Rodrigo Berton chega ao seu posto de trabalho. Sobe uma escada de 5 metros (o equivalente a sete andares de um prédio), que o leva à plataforma da torre de monitoramento

7h – Em seu primeiro contato com a central, Berton solicita informações sobre um caminhão quebrado na Rua Voluntários da Pátria. Segundo ele, a informação é importante pois a via desemboca na Marginal Tietê, no sentido rodovia Castello Branco

7h14 – Enquanto informa o início de trânsito lento em cima da ponte Cruzeiro do Sul, o agente comenta com a reportagem que um dos problemas dessa torre é que existem muitos "pontos cegos". "Não dá para acompanhar o tráfego em toda a via."

7h31 – O trânsito começa a ficar complicado na região. Berton passa à central a informação sobre o congestionamento que atinge o Corredor Norte-Sul, no sentido Aeroporto, do Campo de Bagatelle até a avenida dos Estados

7h48 – Berton vê um foco de fumaça preta atrás da Faculdade Zumbi dos Palmares, que fica localizada a aproximadamente 100 metros de seu posto de monitoramento. "Essa fumaça já é normal. Uma vez abri um chamado para averiguarem e constataram que é gente queimando cabo de energia, para derreter a parte de borracha e roubarem o cobre. Isso acontece tanto que eu nem comunico mais. Não preciso ficar fazendo o papel da polícia"

7h55 – Enquanto começa a preparar seu relatório de cronometragem de trânsito, entre as pontes Cruzeiro do Sul e das Bandeiras, no sentido rodovia Castello Branco, Berton explica como funciona esse tipo de acompanhamento, que é realizado entre 8h20 e 8h40. "Eu marco um carro que está passando pela ponte Cruzeiro do Sul. Cronometro o tempo que ele leva para chegar até a ponte das Bandeiras. Faço o acompanhamento com cinco carros diferentes na pista expressa e outros cinco na pista central." Segundo ele, essas informações chegam à central e lá a equipe técnica calcula o índice de velocidade média dos carros na Marginal Tietê

8h20 – Começa a cronometragem. Berton (com o binóculo em uma mão e o cronometro na outra) calcula que o tempo médio para os veículos atravessarem o trecho entre as duas pontes foi de 67 segundos na pista expressa, e 40 segundos na pista central




8h41 – Berton passa as informações para a central, e agora os técnicos calculam a média de velocidade que os carros trafegam no trecho

9h12 – O agente informa a central que o trânsito na Marginal Tietê começa a fluir melhor, no sentido Castello Branco, nas três pistas, entre as pontes Cruzeiro do Sul e Casa Verde

9h33 – Um caminhão-tanque quebra na transposição da pista local, para a central, entre as pontes Cruzeiro do Sul e das Bandeiras, e o agente tenta informar o supervisor de via, porém o contato fica retido, por causa do alto número de ligações recebidas pela central (status chamado como Call Back). Passam alguns minutos e a central retorna o contato e a informação é passada

9h50 – Após a chegada de um guincho da CET, e a remoção do veículo quebrado para o recuo da pista central, Berton comenta que essa remoção não precisa ser reportada, pois o caminhão não ficará interferindo na via

10h06 – Enquanto informa a central sobre a fluidez do trânsito na ponte Cruzeiro do Sul, o agente comenta que o trabalho dos operadores é de importância vital. "Consegui 'salvar' a vida do meu pai quatro vezes porque conseguia saber quais vias estavam com problema e a situação do trânsito na cidade. Nosso papel é agilizar o processo de remoção de carro quebrado para que a via seja liberada o quanto antes"

10h22 – Berton avista uma retenção no fluxo de carros embaixo da ponte das Bandeiras. A região faz parte de um "ponto cego" e o agente pede para a central enviar um fiscal para verificar o que está acontecendo

10h54 – O agente informa o fluxo intenso de veículos no Corredor Norte-Sul, do Campo de Bagatelle até a avenida dos Estados. Ele associa o aumento de congestionamento ao fim do período do rodízio (neste dia, para carros com placas final 3 e 4). Berton aproveita o contato para avisar que entrará em horário de almoço

12h – Na volta do almoço, Berton faz a operação chamada "Passar o binóculo", na qual ele confere todo o trecho de sua responsabilidade e verifica se alguma ocorrência que pode ter acontecido em sua ausência ainda permanece ativa. Nessa análise geral é constatado um saco de estopas na pista expressa, no sentido Castello Branco, a 100 metros da ponte das Bandeiras

12h18 – Com a normalização do trânsito no Corredor Norte-Sul, ele questiona a central sobre a liberação da alça de acesso da Marginal Tietê para a ponte das Bandeiras, fechada por toda a manhã para evitar entupimento do Corredor Norte-Sul. O comunicado é dado ao supervisor, que libera a via. "Só liberaram a alça porque eu questionei", brinca Berton

12h45 – Chega o agente que faz o turno da tarde e Berton começa atualizá-lo sobre as ocorrências da manhã. O expediente começa a caminhar para o término.

13h23 - Berton comunica nova lentidão no Corredor Norte-Sul, do início da avenida Santos Dumont até a avenida dos Estados. Segundo o agente, essa lentidão no período da tarde é normal, por causa da preferência dada ao fluxo da avenida dos Estados

13h48 - O agente da tarde assume o posto

Durante todo o expediente, Rodrigo Berton reportou 23 ocorrências de lentidão, tráfego intenso, veículo quebrado, vias com interditadas entre outros incidentes.

Rodrigo Berton passa sete horas de seu dia em uma torre na Ponte das Bandeiras, na zona norte de São Paulo, de olho no trânsito caótico da Marginal Tietê



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